sábado, 26 de fevereiro de 2011

Capitulo 2> O Funeral

Eu acordei com uma voz me chamando...
-Emilly,Emilly...Acorde meu bem.
-Ah,oi,quem é você?
-Sou sua tia Amélia.Vim para,para o velório de sua mãe...Se arrume.Seu pai está te esperando.
-Tudo bem,vou me arrumar.Você pode me dar licença?
-Claro.
Ai,que situação mais desconcertante...
Eu nem sabia que essa mulher existia,e nem sabia que era minha tia.Cada coisa doida que acontece...Mais eu não sabia de uma coisa:Como eu ficaria naquele velório?Seria horrível ver minha mãe,entrando em um buraco!Eu não conseguia encarar essa situação.Decidi não ir.
-Filha...
-Oi pai.
-Por que você não está arrumada meu amor?
-Porque eu não vou pai!Isso só vai me desgastar mais...
-Querida,você precisa vir comigo!Quem vai me ajudar a encarar isso?Heim?Só você pode fazer isso.Imagine,eu ficaria sozinho se você não fosse comigo...
-Tudo bem pai!Eu vou com você.E quem é aquela mulher?
-A Tia Amélia?É a irmã da sua mãe...
-E por que ela nunca foi nos visitar?
-Porque ela mora em outro país,lá na Argentina.
-Entendi.Agora,você pode me dar licença,para eu poder me arrumar?
-Posso sim amor!
Fui mesmo porque meu pai estava muito abalado,e precisava de mim.
Entramos no carro da minha tia Amélia,era lindo.Eu nem sabia onde seria o velório,pois não conhecia a cidade,nem sabia que cidade era aquela.Logo descobri que era Paulinia,que fica pertinho de Campinas.
Chegamos no Cemitério.Não aguentei...As lagrimas começaram a descer no meu rosto,e eu não sabia o que fazer.Não queria que meu pai percebesse,porque ele também ia chorar,e essa cena não me faz sentir bem.
-Filha,vamos descer.
-Vamos...
-Olha queridinha,não fique tristinha...
-Como não ficar triste?Você não deve ter sentimentos né?
-Emilly!!O que é isso?Que jeito de tratar sua tia!
-Desculpe tia.
-Não foi nada!Isso acontece mesmo.
Entramos naquele lugar.Nunca tinha entrado em um,pelo que eu me lembro.Eu achava que os cemitérios eram horriveis,mais aquele era lindo,parecia um paraiso.Haviam flores em todos os lugares,árvores e lindos bancos para as pessoas se sentarem.Me sentei em um deles para aguardar.Meu pai foi conversar com um homem que estava perto do caixão que devia ser da minha mãe.Ele voltou rápido,e junto com ele estava a minha tia.Eu não sei porque,não tinha boa imprenssão dela.Só estava presente alguns parentes,como a Tia Gantas,a minha avó Célia,meu avô George,a Tia Amélia,meu primo Carlos e o Tio Marquinhos.Enterraram minha mãe...Naquela hora,meu coração gelou,eu não sentia meus braços e nem as pernas.Foi o momento mais triste e estranho da minha vida.
Logo depois,meu pai agradeceu aos parentes por irem.
-Oi minha netinha!
-Oi vovó..
-Não fique assim.Eu tenho uma noticia boa para você.Nós vamos morar na mesma cidade!
- Ah,que legal vovó.
-Acho que precisa ficar sozinha,certo?
-Certo.
-Ok,eu vou indo.Beijinhos
-Beijinhos.
Vovó...Ela é sempre do mesmo jeito...Sempre querendo ajudar os outros!!É por isso que eu amo ela!
Voltamos para o hospital.
-Filha,arrume suas coisas.Vamos para nossa casa nova.
-Tudo bem pai.
-Vamos com sua tia,porque nosso carro está todo destruido.
-Certo.
Arrumei rapidamente as minhas coisas,porque aquele hospital não era dos melhores.Queria ir para a minha casa,que eu estava um pouco ansiosa para ver.A tristeza não me deixava ter outros sentimentos.
Pegamos nossas malas,entramos no carro da minha tia e fomos para a estrada.

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